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Batista De Albuquerque, Francisco José y Jadcely Rodrigues Vieira / Universidade Federal Da Paraíba; Universidade Estadual Da Paraíba - Brasil
Esta pesquisa tem como objetivo avaliar a qualidade de vida de agricultores familiares residentes no campo. A qualidade de vida diz respeito a duas dimensões: a dimensão objetiva que pode se entendida como acesso à renda, à alimentação, à segurança, à moradia, à escolaridade, à saúde física, etc., e a dimensão subjetiva que corresponde as respostas cognitivas e emocionais das pessoas para a satisfação com a vida e para com as condições objetivas da vida. Nesse sentido buscamos avaliar os impactos do PRONAF (Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar) na qualidade de vida objetiva e subjetiva das famílias contempladas com o crédito, fazendo uma comparação com famílias de agricultores não contemplados com o programa. A avaliação consistirá na análise da relação existente entre o recebimento do crédito e os impactos deste no bem-estar (bem-estar físico, bem-estar material, bem-estar social) das famílias contempladas com o Programa. O PRONAF é um projeto de financiamento amplo do governo federal na tentativa de criar condições de trabalho e renda para os agricultores familiares. São considerados agricultores familiares os proprietários, assentados, posseiros, arrendatários ou parceiros, incluídos filhos, mulheres e parentes que vivem exclusivamente da renda com o trabalho na agricultura. Desde a implantação deste programa, o governo tem investido com recursos através de créditos destinados aos agricultores familiares. Para o ano 2004/2005, o governo investiu R$ 7 bilhões de reais, considerado a maior soma de recursos já aplicados na área. O número de famílias atendidas pelo PRONAF subiu neste ano de 1,4 milhão para 1,8 milhão. Para efeito de avaliação de políticas públicas, a qualidade de vida e seus indicadores podem servir como medida das necessidades dos grupos sociais, no sentido de analisar as desigualdades em termos da satisfação, o que pode servir também como ferramenta para a elaboração de políticas voltadas para a melhoria das condições de vida e conseqüentemente do bem-estar a quem se destina o programa. Trata-se de um estudo com desenho quase-experimental no qual participam 360 famílias de agricultores de baixa renda sendo que metade recebeu créditos governamentais e a outra metade não os recebeu. Ao final do estudo se conclui que apesar da grande quantidade de recursos envolvidas neste tipo de crédito, ele não afeta diferencialmente os agricultores familiares, devendo o programa ser revisto para melhor equacionar esta estratégia de intervenção
Palabras Claves: Calidad de vida; Bienestar físico y subjetivo
Tipo de presentación: Comunicación libre
Email: frajoba@uol.com.br
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